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Soldadoras estão superando os preconceitos e fazendo a diferença

Soldadoras: superando preconceitos e fazendo a diferença na profissão.

As soldadoras estão superando os preconceitos e fazendo a diferença na profissão, quem nunca levou um susto ao ver que por debaixo da máscara de solda e da pesada roupa de proteção está uma mulher! Pois a cena que parece incomum está presente na vida de muitas delas. Apesar de parecer uma atividade pesada, ela chama a atenção de muitas mulheres e é a profissão escolhida por elas.

O último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, mostrou que a profissão de soldadora no Brasil representa 3% do total geral de soldadores registrados no país. Parece um número pequeno, mas é representativo em um universo dominado pelos homens.

A máscara de proteção, junto ao uniforme e calçados de segurança, são equipamentos extremamente importantes para quem trabalha com soldagem. Mas muitas vezes esse conjunto de equipamentos pode dar a impressão de que este é um trabalho pesado, insalubre. Não é o que acha Patrícia Coutinho da Silva, soldadora há três anos. Para ela, a ideia de que a soldagem é uma atividade masculina é preconceito. “Não é preciso grande esforço nem força física pra soldar. Na verdade o que faz a solda ter mais qualidade são a paciência e a delicadeza. E isso as mulheres costumam ter mais que os homens”, afirma.

Já Fabíula Fernandes descreve a solda como uma arte, como algo apaixonante. Sua relação com a soldagem começou há cerca de sete anos, quando ela estava lendo a apostila de uma amiga, de um curso profissionalizante, e foi paixão a primeira vista. A partir dai, Fabíula buscou o curso e se encontrou na profissão. “O ambiente industrial não é o mais ideal para as mulheres, não foi projetado se pensando nelas, ainda falta muita coisa pras mulheres se sentirem à vontade nele. Existe ali um pouco de brutalidade. Mas é aí que as mulheres se destacam. É preciso a delicadeza, a dedicação e a capacidade de concentração femininas para balancear tudo”, explica.

Mas apesar da solda feminina muitas vezes ser considerada de alta qualidade, o preconceito com as mulheres que escolhem esta profissão ainda existe. É o que conta Cássia Gonçalves Moreira, soldadora há doze anos. Desde que viu nos filmes Flash Dance e Panteras cenas de mulheres soldando, Cássia despertou a admiração pelo processo. Ela ouviu em sua cidade um carro de som divulgando o curso de soldagem, na época uma parceria entre SENAI e empresas da região, se inscreveu e tempos depois foi reconhecida como a primeira soldadora profissional de Anchieta, no ES. “A beleza da solda foi o que mais me chamou atenção. É algo que gosto até hoje. Adoro ser soldadora e acho que as mulheres são perfeccionistas, detalhistas, têm foco na limpeza e na segurança do trabalho, se preocupam não só com a qualidade da solda, mas com o resultado visual dela. E isso são características muito femininas, que tornam o trabalho da mulher soldadora diferenciado”, destaca. Sobre o preconceito no mercado, Cássia diz que infelizmente já vivenciou várias situações, mas reforça:“Antes de sermos mulheres, somos soldadoras profissionais e preparadas para isso. É um trabalho que todos podem fazer bem, desde que seja capacitado”.

*Material extraído do site da ESAB

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